segunda-feira, 13 de junho de 2011

Teste

domingo, 5 de junho de 2011

NOTÍCIA DO MUNICÍPIO

APROVADO PROGRAMA PARA DETECTAR DISLEXIA
A câmara de vereadores aprova programa de identificação e tratamento da dislexia nas escolas. Conforme a proposta, caberá às secretarias de Educação e Saúde a formulação de diretrizes para viabilizar a plena execução do programa com a criação de equipes multidiciplinares com profissionais das áreas de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia.
O objetivo do programa é identificar o distúrbio precocemente e iniciar um atendimento especializado para que o aluno enfrente as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita que está relacionada evasão escolar ao fracasso pessoal.
Apresento um breve histórico do conceito de dislexia: as primeiras referências à dislexia, no âmbito da medicina, aparecem em 1896, por Morgan, descrevendo um caso clínico de um rapaz que, apesar de ser inteligente, tinha uma incapacidade quase absoluta em relação à linguagem escrita, que designou ”cegueira verbal”. A partir desta data muitos termos têm sido usados para designar esta perturbação:
“cegueira verbal congênita”, “dislexia congênita”, “alexia do desenvolvimento”, “dislexia constitucional”, “parte do contínuo das perturbações de linguagem, caracterizada por um défice no processamento verbal dos sons”.
Nos anos de 1960 - com a viragem para o nosso século, foram minimizados os aspectos biológicos da dislexia, atribuindo as dificuldades na leitura a problemas emocionais, afectivos e imaturidade.
A Federação Mundial de neurologia, em 1968 utilizou pela primeira vez o termo “dislexia do desenvolvimento”, definindo-a como um transtorno que se manifesta na aprendizagem da leitura, apesar das crianças serem ensinadas com métodos de ensino convencionais, terem inteligência normal e oportunidades socioculturais adequadas.
O Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Doenças Mentais em 1994 (DSM-III), inclui a dislexia nas perturbações de aprendizagem, e utiliza a denominação de “Perturbações de Leitura e Escrita”, estabelecendo alguns critérios:
O rendimento na leitura/escrita, medido através de provas normalizadas, situa-se muito abaixo do nível esperado para a idade do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a idade;

b) A perturbação interfere significativamente com o rendimento escolar, ou actividades da vida quotidiana que requerem aptidões de leitura/escrita;
Se existe um défice sensorial, as dificuldades são excessivas em relação às que lhe estariam habitualmente associadas.





“Quando me disseram que eu tinha dislexia, senti medo de ser rejeitada pelas outras pessoas, por ser diferente. Senti vergonha pelos professores me apontarem o dedo, senti-me sozinha por não ter ninguém igual a mim! Eu queria esquecer e pensar que aquilo era um sonho.
Actualmente, com catorze anos, sou muito feliz, não me sinto diferente porque consigo ultrapassar as minhas dificuldades do dia-a-dia. Sinto-me capaz de chegar onde os outros chegam.” ( Testemunho de Isabel Rapa, 14 anos, 2007)