quinta-feira, 11 de outubro de 2007



"Na infância, o que se ouve ou o que se vê não sobe para o cérebro. Desce para o coração." (Humberto de Campos)

Nossa aura reflete o que trazemos na alma. Velásquez retratava a aura da criança. E toda criança trás na alma um mundo colorido onde habitam seres mágicos, onde os animais e os humanos vivem em perfeita harmonia, onde a natureza não é bulida pela ganância, onde o consumismo exagerado não mata nem rouba. A criança não constói seu "mundinho num local qualquer. Ela constrói primeiro dentro de seu coração. Lá encontrará tudo que é preciso para "mobiliá-l0": paz, amor, luz, amizade,...

Neste mundo oprimido pela fome, temos múltiplas infâncias, a maioria delas é deturpada pela dor. Então surge a questão: Será que todas as crianças são descontraídas, alegres e felizes?

Sim, são. Aquela que não pensa "colorido", não trás alegria no coração, felicidade estampada na face, deixou de ser criança, é uma miniatura de "gente grande". Sua " criancice" apagou no momento exato em que as preocupações referentes à sua vida começaram a fazer morada em seu coração e criança com fome se preocupa, criança com frio se preocupa, criança espancada se preocupa.

Tem muita "gente grande" que não deixou de ser criança, ainda crê num futuro melhor, tem esperanças em ver um mundo colorido e enfeitado por múltiplas alegrias. Não é àtoa que usamos o termo: "É feliz como uma criança".

Um comentário:

Unknown disse...

Oi amiga Suzan!

Bem legal a tua obra. Gostei.
Lindo texto! Emocionei-me a lê-lo!

Beijos.